Carolina olhava a chuva cair,
molhando suavemente
os telhados
as flores,
a rua
Com o rosto encostado no vidro da janela,
Carolina ouvia o som da água caindo,
O cheiro da terra molhada
E se imaginava
tomando um delicado
banho de chuva...
de chuva
de uva
Mas sua mãe não deixaria
e com ela brigaria
nervosa falaria
sobre frios resfriados
sandálias molhadas,
lama e espirros
espirros escorridos...
sofridos...
gemidos
idos
...
...
Carolina se sentia
um passarinho
aprisionado
....
..
.
....
..
.
Numa linda tarde de chuva
de chovidas
luvas
de plumas
luvas
de plumas
...
..
.
..
.
Liliane Balonecker

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