Tempestade
Acordei com berros esbravejantes de trovões
Relâmpagos discutiam no céu escuro
A chuva lavava minhas janelas
Assustada pensei que a casa poderia cismar de desabar
Queria ouvir a voz de Deus me chamando lá fora
Nos morros do meu Rio
Acho que alguns lacrimejavam chuva
Chorando dores de passado perdido
Com medo da mãe Natureza
Que às vezes vem tomar o que um dia foi seu
Deus proteja os pobres
Guarde os órfãos e as viúvas
E a todos aqueles que choram
Lágrimas salgadas como o mar
Constantes como o rio
Molhadas como a chuva
Num dia frio de primavera-verão.
Liliane Balonecker

Nenhum comentário:
Postar um comentário