quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Tempestade

Acordei com berros esbravejantes de trovões
 Relâmpagos discutiam no céu escuro
A chuva lavava minhas janelas

Assustada pensei que a casa poderia cismar de desabar
Queria ouvir a voz de Deus me chamando lá fora

Nos morros do meu Rio
Acho que alguns lacrimejavam chuva
Chorando dores de passado perdido
Com medo da mãe Natureza
Que às vezes vem tomar o que um dia foi seu

Deus proteja os pobres
Guarde os órfãos e as viúvas
E a todos aqueles que choram
Lágrimas salgadas como o mar
Constantes como o rio
Molhadas como a chuva
Num dia frio de primavera-verão.

Liliane Balonecker




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