Ela esperou na janela
a vinda do seu grande amor
muito tempo já tinha se passado:
chuva, sol, tempestades, estiagem
mas ela continuou ali
fiel às promessas que recebeu em sonhos
a vinda do seu grande amor
muito tempo já tinha se passado:
chuva, sol, tempestades, estiagem
mas ela continuou ali
fiel às promessas que recebeu em sonhos
Um dia ele veio...
demorou um pouco, mas veio.
demorou um pouco, mas veio.
Então ela soube o tamanho dos
dragões que enfrentou
Era certo que ele viria...
Era certo que ele viria...
Dias, meses, anos, estações
aniversários, natais, furacões
e as cartas amarelaram
o perfume olvidou seu cheiro
as rosas na janela esmaeceram
a flor no cabelo murchou
o brilho nos olhos juvenis se apagou...
aniversários, natais, furacões
e as cartas amarelaram
o perfume olvidou seu cheiro
as rosas na janela esmaeceram
a flor no cabelo murchou
o brilho nos olhos juvenis se apagou...
Mas ele veio
Juntos estavam
a tudo compartilhavam:
escreveram novas cartas
provaram outros perfumes
plantaram rosas mais belas
novas flores estrearam em seus
cabelos
assim seus olhos brilharam
novamente...
Muitos vieram, muitos se
foram
(acho que foi de pura inveja)
Os dois sempre abraçados
E milênios se passaram
Viraram estátua, patrimônio
tombado
tudo porque ela soube esperar
Dizem por aí que a esperança é a última que morre
Dizem por aí que a esperança é a última que morre
Mas desconfio que existia
naquelas rosas
um perfume de
insistência, paciência,
um perfume mágico
Com cheiro de sonhos...
Liliane e Mariana
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