quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Canção de inverno


O vento
De um tormento
Sofrimento
Logo o lamento

O tempo...

Em quantos labirintos já entramos?
Quantos traumas já enfrentamos?
Quantos dissabores compartilhamos?

O sofrimento não é seu privilégio
A dor não é sacrilégio

Tudo passa
A dor esparsa
A desgraça desenlaça
A tristeza se torna escassa
Tudo passa...

O tempo cura
A dor fulgura

Depois da tempestade
O sol nasce
O sorriso renasce
E um feixe de luz clareia
O final do túnel...

Não se conforme
Não se enforme
Nada é uniforme...

Depois da contínua escuridão
Os olhos podem doer com o raiar do sol
Mas não prefira o breu...

Eu quero ver a luz
O vôo das borboletas
Quero o perfume das flores
E a brisa acariciando meu rosto...

Quero a vida
Com suas idas e vindas
As feridas
me marcam
mas me fazem forte
A morte
Não a quero agora
Só irei embora
Não quando me cansar
Mas quando chegar a hora
de conhecer um outro lugar
Distante daqui
Mas surpreendentemente belo
Frio e singelo...



 Liliane Balonecker



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