terça-feira, 14 de novembro de 2017

Moça (I)

Moça, precisas te aliviar de ti mesma
Esvaziar-te do que te pesa a alma
E sentir a leveza do que chamam de paz
Tu fias teu destino e teus laços
Em vez de cordas que te livrem da prisão
Teces forca que sufoca teus gritos

Moça, tu almejas a liberdade do voo
Mas temes em sair dessa gaiola
cujas portas imaginárias já estão destrancadas há muito tempo
Vejo tuas mãos tentando segurar o vento
Vejo teus pés correndo contra ti mesma

Moça, refaças tua vida
Caminhes tua estrada
E não olhes para trás
O caminho em frente ainda é longo

Às vezes, de tanto mirar o ontem,
transformamos nossos sonhos em estátuas de sal... 

Não lastimes o desencanto
Ele representa o abrir de olhos
A voraz tomada de consciência.

O desencanto é o desvendamento dos olhos.


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