quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Nosso silêncio

Sabe aquela vontade que dá
De ser leve como brisa
Suave como pétala de fina flor
E delicada como asa de borboleta?

Pois é uma vontade que se agiganta no peito
E cresce como bolha de sabão
Mas como natureza de bolha, logo estoura
Quando se depara com a dureza da razão

Vai dizer que você nunca teve
Essa vontade de dizer adeus pro teu presente
De berrar o que realmente sente
E sair em busca de um futuro incerto
Menos embriagado de rotina?

Eu sei que você também pensa na brevidade da vida
No que realmente importa nessa lida
Que não sabemos o que nos espera na próxima esquina
E que portanto temos perdido tanto tempo

Tanto tempo gasto em trânsitos, em transes
Em feituras e desmanches
Em balanços e balances

Quanto tempo ainda temos
Para desatar os nossos nós?

Quanto tempo ainda temos
Para percebermos que não haverá eco se não abrirmos nossa boca?

Nossos silêncios gritam
Mas não falam

Nossos silêncios gritam
Mas não falam...




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