Quando quis ser ar,
Fizeram-me terra
E aprendi a valorizar
a filosofia do chão.
Quando quis voar,
Tiraram-me as asas
E aprendi a não esperar
mais do que poderiam me ofertar.
Quando almejei fartura,
Deram-me a fome
e aprendi a apreciar o sabor do mel e do fel.
Quando quis o amor
Apresentaram-me o ódio
e compreendi que todas as situações nos fortalecem.
Quando desejei abastança
Ensinaram-me o que era a escassez
e aprendi a valorizar o pouco que, redimensionado,
torna-se muito,
mais do que merecemos.
E, assim, aprendi bem mais do que desejei
E meus olhos se abriram,
mesmo sem provar do fruto.
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